Luluzinha?

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Hola!

A um ano atras, apareceria nas bancas do Brasil nossa baixinha gorducha dentuça de vestido vermelha agora num formato teenager, era a Turma da Mônica jovem, versão crescida da turminha que completa este ano 50 anos de existência neste ano.


Apesar de o publico crescido não ter gostado muito da idéia, a nova empreitada rendeu mais que o esperado, vendendo em media 400 mil exemplares por edição e alavancando vendas da revistinha tradicional.

No primeiro semestre deste ano, me aparece nas bancas uma cópia descarada do projeto supracitado, intitulado "Luluzinha Teen e sua Turma", cópia cretina e sem méritos onde até o valor da revista é o mesmo.

A patética produção conta as histórias desta outra turma, também crescida, onde a personagem principal também é apaixonada pelo amigo de infância, onde também abordam assuntos adolescentóides e também tentam parecer um mangá.

O constrangimento começa na capa, onde aparecem figuras jovens que nunca poderiam ser associadas à turma clássica se não fosse uma das personagens, a Lulu crescida, segurando uma foto da turma quando crianças, na mesma ordem em que aparecem, com o traço do desenho original, para dar o ar de "ó gente, somos nós".


As primeiras páginas, mostram a Lulu crescida forçando uma barra quase que empurrando goela a baixo que essa turma é a da Luluzinha original, em textos vazios como: "ei gente, lembram de mim? sou a Luluzinha, eu cresci". Isso por que o traço da obra deve em tudo e em nada lembra o tradicional, e se não tiver uma legenda em baixo de cada personagem vc simplesmente não saca quem é.


Mas ok, vá lá... primeira edição, deixa passar. Passar? Na segunda edição estão os personagens estranhos estão novamente na capa e, no rodapé da revista, a foto que Lulu e bolinha versão original, ainda crianças, e pior, uma frase em letras garrafais envolve a imagem dizendo: "eles cresceram!". Só faltou a setinha apontando a foto aos bonecos crescido, com a legenda: "São eles aqui ó, eu juro!".




O Marketing errou feio na mão. Apesar de a revista ser direcionada ao publico infantojuvenil, a personagem principal, na capa, se dirige ao público que já conhece os personagens originais, que além de não envolver os pré adolescentes de hoje, atinge quem tem idade suficiente para saber que a tematica e formato da revista não é direcionada a si.

A revista também perde a fração masculina com seu apelo "menininha", pois tal como Mônica e Mafalda, Lulu Palhares foi popular entre todas as crianças, os clubinhos da Lulu e do Bolinha equilibravam bem o pequeno público.


Gente, o trabalho é vazio, cretino, mal produzido e preguiçoso. Esta não é a Luluzinha da mesma forma que Jason X não foi um filme sobre o Jason. A Editora pagou pelo direito de usar o nome e aparentemente foi só isso que fizeram.
hasta!